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quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Maioria de esquerda


Cá para mim maioria absoluta de esquerda e maioria absoluta do Partido Socialista é precisamente a mesma coisa.

O Partido Socialista sempre foi um Partido plural e de esquerda, senão a direita não o considerava como tal e sempre foi sensível aos problemas sociais e de solidariedade. Pode, e deve, negociar para além do seu Programa medidas que nele não sejam consideradas, mas não deve deitar para o lixo o Programa que submete a eleições para adoptar Programas de outras esquerdas que nada têm a ver com os seus Princípios.

Principalmente, o Partido Socialista não pode fazer sufragar um Programa e depois apresentar na Assembleia da República um Programa de Governo que ninguém sufragou a não ser que o Governo seja de coligação, o que não se passou nos últimos 6 anos.

Tanto faz que tenha maioria absoluta ou relativa.

O Programa sufragado é para cumprir e, sendo dependente da Assembleia da República, todas as medidas que tiverem de ser tomadas receberão os votos de quem com elas concorda. Pode limá-las para obter a votação, mas serão sempre as suas medidas.

É por isso que me espanta ver, em campanha, o PCP e o BE virem com a conversa de que, nos 6 anos, foi graças a eles que se conseguiu “isto ou aquilo” quando o Governo era só PS e só o PS foi responsável pelo “isto ou aquilo” que foi conseguido, limado ou não por negociações feitas com os outros Partidos.

Ainda assim é preferível que o Partido Socialista tenha uma maioria absoluta para não ter de terminar, como terminou há uns meses, às mãos de chantagem de quem agora reclama louros, mas não hesitou derrubar aqueles que os fizeram vingar.

É por isso, porque sei que o Partido Socialista sempre foi um Partido dialogante e aberto a acolher melhorias às medidas ao Programa com que se faz sufragar, que depositarei nele o meu voto de confiança na esperança que os resultados eleitorais lhe permitam governar com estabilidade nos próximos 4 anos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.015/2022]

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Aprovar OE e confirmar que estavam errados

Leio e vejo por aí que anda muita gente com fornicoques por um alegado candidato a primeiro-ministro, coisa que me faz fornicoques a mim que no dia 30 estou a pensar votar só para os deputados à Assembleia da República, ter mostrado a capa do Orçamento de Estado no fim de um debate. 

A coisa pode parecer fora do contexto, mas é a mensagem mais clara que até hoje vi.

Pena não ter tido legendas e haver quem se fique nos fornicoques para inventar que o “alegado” estaria alucinado pelo debate e por isso acenou com um documento “ainda por cima reprovado”, que horror.

Se aquele trecho mudo tivesse legendas havia de se ler: “Se votarem no PS e lhe derem poder maioritário este documento é para ser aprovado e têm hipótese de dizer aos que o chumbaram que estavam errados”.

Reconheço que a legenda seria demasiado longa, mas não custa nada fazer o esforço para a tentar ler.

LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.008/2022]

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Palhaçadas

Deus me dê saúde e paciência para continuar a ouvir os noticiários que não param de abrir com atrocidades tipo lesa-pátria que resultam de um líder recentemente eleito num Partido ter a indignidade de seleccionar a sua lista de deputados para as próximas legislativas, coisa que, como se sabe, nunca aconteceu antes.

Uma vergonha.

Democracia a sério é fazer como o ex-líder do Benfica que escolheu um sportinguista para ser treinador da sua equipa ou um ex-lider do PS que resolveu abrir o universo eleitoral para eleição do seu Secretário-geral aos cidadãos em geral e termos visto inúmeros simpatizantes do BE e do Livre a votar contra os militantes do PS.

Nota: Nada me demove de continuar a pensar que a única utilidade do Livre foi a eleição do actual SG do PS, mas isso vocês já sabiam.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.006/2021]

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Alas


Aqui vai uma intimidade sobre alas.

Não minhas, porque sempre andei no Partido que ajudei a singrar e nunca as vi (às alas). Antes vi gente livre, a pensar pela sua cabeça, a dizer o que entendia sem submissão. A assim não ser, não me reconheceria no Partido Socialista. É evidente que também lá vi carneirada mansa, como há em todos os Partidos, que sempre preferiu o silêncio à opinião livre, a carreira à verdade, o comodismo do seguidismo à frontalidade e o golpismo à lealdade.

Não são a maioria, pelo menos não a maioria daqueles com quem me relacionei.

Feita a introdução passo à tal intimidade em tópicos curtos no calão socialista que não interessará a quem quer que seja mas que me apetece deixar neste meu espaço. Se para mais nada servir, servirá para desmistificar as bojardas que todos os dias se ouvem sobre militantes dos Partidos políticos querendo fazer deles párias acéfalos sem eira nem beira.

Sei que alguns me julgarão incoerente. Pouco importa. Sempre fui coerente comigo próprio, coisa que nunca trocarei pelo juízo de coerência de quem me queira julgar.

Um último reparo: A minha referência máxima no PS sempre foi Manuel Tito de Morais.

Aqui vai: Soarista convicto de primeira hora. Simpatizante dos auto-gestionários que se reuniam em Benfica. Simpatizante do ex-secretariado quando o MES se fez PS. Zangado com a aliança PS/CDS de Freitas do Amaral. Realinhado Soarista com reservas na aliança PS/PPD de Mota Pinto. Sampaista fundamentalista (nas palavras de António Costa quando Guterres desafiou Sampaio). MASP. Guterrista quando foi preciso. MASP. Sampaista. Alegrista. Ferrista acérrimo principalmente quando o Socretismo atacou. Segurista.

Sempre republicano, não-praticante, reformista e socialista democrático.

Em termos presidenciais: Eanista, Soarista, Sampaista, Alegrista, Nobre-da-Costista.

O resto fica por dizer e não penso escrever memórias.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.023/2019]

segunda-feira, 30 de março de 2015

Acidez e maus fígados

LimãoÉ, no mínimo, estranho que um candidato a Primeiro-ministro não felicite publicamente, na noite eleitoral, o futuro Presidente do Governo Regional da Madeira com quem irá ter de se relacionar caso venha a ser eleito chefe do governo da república.

Mais estranho ainda quando Miguel Albuquerque substitui Alberto João Jardim dando assim por concluído um ciclo de quatro décadas de poder democrático musculado numa região de Portugal que agora, com o novo líder eleito, se disponibiliza para ser mais dialogante com as políticas nacionais.

São estas estranhezas que não se entranham e que deixam preocupação quanto à atitude política pós-legislativas e quanto à afirmação necessária de alternativas à postura política que tem sido seguida em Portugal desde a noite eleitoral em que Cavaco destruiu a ideia de que os órgãos de soberania de topo não o são do todo, mas só da parte que os elege.

Por muito que o Partido Socialista esteja enxofrado com a primeira derrota eleitoral conseguida nos últimos quatro anos, não se justifica que a praxe democrática de saudação dos vencedores seja quebrada.

No fundo, em democracia, há sempre que desejar bom desempenho e sucesso aos vencedores porque é desse sucesso que depende o bem-estar de todos os cidadãos, sejam eles nacionais ou regionais.
LNT
[0.172/2015]

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Não somos ΠΑΣΟΚ

Beiças com piercingDepois do “nós não somos a Grécia” chegou a vez do “nós não somos o ΠΑΣΟΚ”, que é como quem diz, se para o Coelho a solidariedade europeia é um conto infantil, para o Costa a solidariedade da Internacional Socialista é uma batata.

Não somos o PASOK quer dizer que se o fôssemos, eramos helénicos assim se querendo dar a entender que podemos ver-nos, mas nunca seremos gregos.

Uma chatice esta coisa da solidariedade e da lealdade interna e externa. Uma chatice do pior.

Já não nos chegava não sermos sócrates, nem seguros, só faltava que agora nos confundissem com papandreous.
LNT
[0.059/2015]

sábado, 31 de janeiro de 2015

Outro dia estive com o Costa

a SecçãoFoi no jantar anual da minha estrutura de base do PS que em tempos também coordenei. Um órgão onde havia o hábito de fazer jantares anuais todos os anos. Com a crise, os jantares anuais passaram a ser nos anos em que calha, mas isso não interessa para o caso.

Quando fui coordenador da minha Secção, dessa mesma onde estive outro dia com o Costa, tivemos também a participação (dessa vez pela primeira vez) de um Secretário-geral. Ferro Rodrigues foi o primeiro que jantou connosco no jantar anual, embora muitos outros já tivessem jantado connosco noutros jantares. Assim, de rompante, lembro-me de Mário Soares, Victor Constâncio, Jorge Sampaio (que até era militante da Secção), António Guterres. Tenho ideia que nem Sócrates, nem Seguro, tenham ido a essas nossas festas. Um porque devia achar que era uma chatice e o outro porque já apanhou a fase em que os jantares anuais não se realizavam todos os anos, mas isso também não interessa para o caso.

O que interessa é que estive no outro dia com o Costa num jantar da minha Secção. E gostei, como já gostava quando ele aparecia ainda de calções, vai para aí uma catrefada de anos, e depois também quando ele já usava calças compridas e andava pela Jota ou a fazer pela vida nas FAUL e companhia.

O que interessa é que, apesar das muitas divergências (algumas insanáveis), o bacalhau do final da festa teve a firmeza de sempre e o tratamento de amizade de uma vida manteve-se inalterável. Estava muita gente, e isso também importa. Mais militantes do que simpatizantes, mas isso é da vida. Oxalá chegue.
LNT
[0.057/2015]

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Mira técnica

Mira técnicaClarinho como água é que aquilo que aqui me tem feito andar a escrever nos últimos tempos resulta da minha condição de militante do Partido Socialista e do correspondente dever de defesa dos órgãos directivos do Partido a que tenho a honra de pertencer desde o tempo em que os animais falavam.

Não é de hoje. Já o fiz anteriormente quando denegriram internamente Ferro Rodrigues para que, quando ele cedeu, se apresentassem como santos salvadores e já o tinha feito noutras vezes em que foi necessário, o que agora pouco importa para o texto.

O que importa é anotar que o Secretário-geral do meu Partido está em funções sufragadas partidariamente e confirmadas pelo nacional e que a sua liderança institucional e política não está em causa. O que importa é perceber que o fogo “amigo” a que está a ser sujeito é o mostrar da cara (ainda não a mostram às claras porque continuam escudados num testa de ferro) dos “amigos” que, apesar de terem conduzido o Partido Socialista a uma das suas maiores derrotas e feito com que a direita portuguesa conduzisse os destinos de Portugal nos últimos anos com uma maioria absoluta que não pára de destruir a qualidade de vida dos portugueses, se mantém em lugares chave do PS e em parte importante do seu Grupo Parlamentar.

O actual Secretário-geral contou no primeiro mandato, e agora nesta metade do segundo, com a dificuldade acrescida de ser líder do maior Partido da oposição sob fogo intenso adversário que nunca deixou de evocar as razões que levaram os portugueses a desferir-lhe uma derrota colossal (e esse fogo inimigo tem sido sempre feito de forma cruzada pelos detentores do actual poder e pelos extremos de esquerda) e ainda teve de aguentar todas as manobras de denegrimento interno que ao longo do tempo foram patentes e que agora assumiram proporções vergonhosas.

Foi obra, obra especial porque, mesmo apesar de muitos dos que agora aparecem imaculados terem andado a formar partidos nas últimas eleições que desviaram votos do PS, conseguiu sair à rua e voltar a recolher o apoio dos portugueses que lhe deram nas últimas eleições uma vitória sobre toda a direita unida e a milhas de distância do único Partido de extrema-esquerda que ainda tem alguma relevância no panorama político português.

E foi isto que aqui quis, hoje, deixar lavrado, clarinho como água.
LNT
[0.208/2014]

sábado, 27 de abril de 2013

Jornalistas assessores

Helena MatosJá o disse anteriormente. Não me causa qualquer confusão que existam jornalistas recrutados para o poder e para os gabinetes desse poder. Qualquer profissão tem o dever de serviço público e os jornalistas não são excepção.

Preocupa-me muito mais ver jornalistas que, sem deixarem de ter esse estatuto e sem serem oficialmente recrutados para o poder, exerçam esse papel.

Se têm dúvidas percam 10 minutos a ouvir as peças que Helena Matos está a desenvolver em permanência a partir do XIX Congresso do Partido Socialista à frente das câmaras da TVI24.

Não merece mais que os tais 10 minutos de atenção mas vale a pena ouvi-la na intriga e politiquice permanente para perceberem a estratégia.
LNT
[0.081/2013]

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Impossível deixá-lo acabar o mandato com dignidade *

Bolo-ReiDeveríamos tudo fazer para deixar que o presidente da República terminasse o seu mandato com dignidade.

No entanto esse dever é-nos impossível porque, para tal, teríamos de ter um Presidente da República (Artigo 120.º da CRP – Definição - O Presidente da República representa a República Portuguesa, garante a independência nacional, a unidade do Estado e...) e não um presidente da República que representa uma facção da República Portuguesa e não reconhece que a soberania, una e indivisível, reside no povo. (Artigo 3.º da CRP - Soberania e legalidade - 1. A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição. 2. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade democrática...)

Quando o primeiro-Ministro foi a Belém de calças na mão e com ele levou o seu tutor fazendo lembrar Egas Moniz, veio de lá com os calções apertados pela confiança do padrinho que, em troca da bênção, exigiu as cabeças que o atormentavam e o encaixe e promoção dos seus homens, na lógica de que uma mão lava a outra.

O presidente da República foi agora à AR, dois anos depois de ter contribuído para que Portugal fosse tutelado pelos mercados que na altura fez questão de defender acerrimamente, escudar-se na teoria do terror para justificar o caminho que impôs ao País e que tem dado os resultados que todos conhecemos. Fez mais, apontou esse caminho como a única solução possível e decretou que ele terá de ser seguido por quem quer que seja para poder justificar a sua obstinação no "normal funcionamento" com a qual fundamenta a desnecessidade de devolver a soberania ao povo.

Cavaco conseguiu com o seu ruído anular os consensos bem como todos os discursos proferidos na 39ª comemoração da restauração da democracia portuguesa. Nem o excelente discurso de Alberto Costa, nem os razoáveis discursos do CDS e do BE, nem o da Presidente da Assembleia da República que, entre outras passagens de grande significado político, não perdeu a oportunidade de lembrar ao seu principal convidado quem foi e o que escreveu Saramago, tiveram eco nos media.

Aguarda-se que este fim-de-semana o Plenário dos Socialistas volte a trazer à ribalta os conceitos que Cavaco abafou e faça esquecer os do presidente da República pois só assim será ainda possível deixá-lo terminar o mandato sem indignidade.

*conceito datado de 1995 a partir de reflexões conseguidas entre os calhaus de Pulo do Lobo
LNT
[0.079/2013]

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Divórcios pelo Seguro

NavalhaPelo que leio no SOL, um grupo de "45 jovens turcos" (a expressão é lá usada) decidiu avançar com uma carta aberta a Seguro para o convencer da bondade de medidas que o próprio Partido Socialista recusou no último Congresso Nacional.

Nada contra "cartas abertas" nem contra os 45 jovens (isto de se ser jovem é cada vez mais a aplicação das teorias da esperança de vida aos conceitos de juventude – um destes dias os nossos netos já andam na faculdade e os seus pais ainda são jovens) até porque nutro por muitos deles amizade e simpatia. Tudo contra a tentativa de conseguir pela pressão mediática aquilo que se não consegue pela expressão eleitoral.

O Partido Socialista elegeu há meia-dúzia de dias os delegados ao Congresso Nacional para defesa das Moções Políticas que serão discutidas nesse Congresso. O teor desta "carta aberta" não foi apresentado a sufrágio dos militantes porque os seus subscritores não o quiseram fazer o que me parece que teria sido muito mais coerente com a ideia de “mostrarem preocupação crescente com o «acentuar do divórcio» entre os partidos e a sociedade” (como se os Partidos democráticos não fossem parte da própria sociedade e esse divórcio não se devesse começar a combater dentro dos Partidos para evitar o divórcio entre as suas elites e os seus militantes)
LNT
[0.067/2013]

terça-feira, 9 de abril de 2013

Navegar é preciso

BarcosFiz um pequeno texto na Rede Social sobre a apresentação que AJ Seguro fará, amanhã, da sua moção ao Congresso Nacional e sobre as eleições do SG do PS e dos delegados ao Congresso que se realizarão no próximo sábado.

Confesso que o texto continha uma pequena provocação porque relembrava que os delegados ao Congresso são os representantes dos militantes para defesa das moções pelas quais se apresentam a sufrágio e têm o dever de, na qualidade de mandatários de quem os elege, eleger os órgãos nacionais para o próximo mandato.

De troco recebi meia dúzia de comentários, curiosamente todos oriundos de não eleitores do PS, onde se atacava Seguro com as habituais frases e expressões de desdém que seriam pronunciadas da mesma forma sobre qualquer outro candidato que se apresentasse a líder do PS.

Interessante verificar que o habitual "eles” e "nós" continua a ser a chave de tudo isto.
LNT
[0.042/2013]

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Coisas de tralha

HalloweenSe eu podia ficar quieto, podia.

Afinal daqui a 24 horas irei estar nos cuidados intermédios a recuperar de uma cirurgia às cervicais. Tinha o perfeito alibi.

Mas, tal como fiz quando a tralha socretista fez quando atirou com Ferro Rodrigues para um canto, aqui estou de novo a lembrar a essa tralha que não gosto destas golpadas.

A diferença é que sou amigo de Costa. Seria o meu Presidente da República e custa-me muito vê-lo envolvido em jogos destes. Espero que não avance porque se o fizer não conta com o meu voto, o que me provoca desgosto.

Dito isto, venha a faca. Depois direi o resto.
LNT
[0.010/2013]

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

à Pressa

AtentosEm primeiro lugar há que distinguir “à pressa” de "há pressa". Essa distinção é essencial para entender o que está em causa porque, não havendo pressa e fazendo à pressa, só se obtêm maus resultados.

Ouvem-se alguns apressadinhos cheios de pressa e com saudades de um tempo, quase recente, em que punham e dispunham a seu belo prazer, a apressarem-se para matar essas saudades agora que os seus magníficos narizes pressentem o retorno dos odores do poder.

Pode ser que tanta pressa os leve à ejaculação precoce, coisa vulgar em quem antecipa o prazer à mecânica para o obter e assim, sem praticar o acto, consegue chegar aos gemidos egoisticamente inconsequentes.

Há-de haver sempre gente desta, apressadinha e disposta a fazer tudo, mesmo à pressa e mesmo que isso só sirva a sua pressa.

O mais estranho de tudo é que essa gente nunca é capaz de entender que os outros olham para eles com a expressão de quem já os topou há muito e já sem disposição nem pachorra para aturar os seus ruídos umbiguistas.
LNT
[0.008/2013]

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Nós só negociamos o vosso “SIM”

Formação parelha T6G
O Tratado Europeu ratificado o mês passado já não agrada completamente ao PSD que quer um “mecanismo extra” por parte da Europa e desafia o PS a negociar um projecto de resolução que defenda o crescimento económico. Ainda assim os sociais-democratas não vão viabilizar um tratado adicional como defendem os socialistas.
Por outras palavras: Nós só negociamos o vosso “SIM”.

Continua esta paspalhice da imposição até mesmo quando o PSD faz crer que a importância da eleição de Hollande foi um mero e insignificante capítulo na História da Europa, e que a sua mudança (do PSD) se deve à inspiração divina.

O que o PSD vai ter de aprender em breve é que o seu papel de lacaio perante os grandes e de prepotente perante os mais fracos está por um fio porque quem serve a dois senhores acaba sempre por ser morto por um deles.

Passos Coelho continua a preferir a sobreposição dos interesses partidários e de casta aos interesses nacionais. A máxima responsabilidade até agora revelada por Seguro, que tem feito das tripas/coração para que todos possamos sobreviver a este sacar insano do capitalismo selvagem e para que seja possível ultrapassar a montanha sem despenho no precipício, poderá ter de o fazer mudar de estratégia, caso Passos Coelho continue na senda da imposição.

Não é possível navegar-se em formação quando o líder da esquadrilha não pára de disparar sobre o seu asa.
LNT
[0.270/2012]

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Não virar as costas às bengaladas em Portugal

BotaSabe-se que há Partidos do poder e há os outros, os que fazem política só para se entreterem. Os Partidos do poder podem ser responsáveis, como é o Partido Socialista ao aceitar que as propostas do Governo dêem entrada na Assembleia da República para serem discutidas em especialidade, ou podem não o ser, como num passado muito recente o foi o PSD e o CDS ao recusaram o menos mau para poderem impor o pior.

Os Partidos que não são do poder podem ser irresponsáveis porque nunca assumem a responsabilidade, fogem dela como o Diabo da Cruz.

Os do poder, ao serem irresponsáveis, criam a quem neles confia (e aos outros que neles não confiam mas que os terão de aturar) o maior prejuízo. Se para além de serem irresponsáveis ainda forem aldrabões, impreparados e amorais podem deixar um País à beira do esgotamento. Se para além de irresponsáveis, aldrabões, impreparados e amorais ainda forem injustos e ressabiados deixarão certamente uma porção muito curta da população desse País a pagar tudo aquilo que resulta da má gestão nacional feita pelos Partidos do poder.

Os recuos deste Governo em relação a todas as selváticas medidas que estão a tomar à excepção daquelas que foram aplicadas à Administração Pública e ao Estado Social (SNS, Educação, etc.), a par das nacionalizações a tostão (o BPN foi o primeiro exemplo), só pode ser adjectivada com todos os adjectivos anteriores e ainda com um enorme nojo civilizacional e de cidadania.

Leio que afinal há mais recuos (agora no lóbi autárquico do PSD) e lembro-me sempre de Eça "... era um dever de moralidade pública dar bengaladas ... ".
LNT
[0.494/2011]

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

António José,

Ana VidigalSabemos que os compromissos são para cumprir e que as pessoas de bem levam a palavra dada até ao fim. Temos um papel assinado com os nossos credores e, mesmo sabendo que o tivemos de assinar porque uma coligação de direita e de extrema-esquerda não nos deu outra opção ao rejeitar a solução que outros credores nossos parceiros e amigos tinham apresentado, queremos honrar as assinaturas que lá estão.

No entanto, os que connosco avançaram para assumir a representação da maior maioria de portugueses que desde sempre se reuniu para conseguir soluções que adiassem a morte anunciada, uma vez chegados ao poder, não têm feito mais do que iniquidades, que agora até já são publicamente reprovadas pelo seu mestre sala, iniquidades impossíveis de assentimento por nós, que somos gente de bem.

Por isso meu caro António José, ou esses iníquos reflectem na sua iniquidade e alteram o mal que é ódio puro a parte da sociedade portuguesa, ou teremos de lhes retirar toda a confiança, deixando-os sozinhos a afrontar o nosso povo.

Somos Socialistas, lembras-te? Socialistas da Internacional Socialista, do grupo social-democrata europeu. Não esmagamos o povo, não fomentamos o ódio e não viramos portugueses contra portugueses.

Se for preciso teremos de dar o sinal radical que contrarie a radicalidade destes mancebos que não fazem a mínima ideia do que é uma Nação.
LNT
[0.466/2011]

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Cheques em branco

AtentosO meu Camarada Francisco Assis entende que, ao contrário da maioria dos militantes do Partido Socialista, o PS deveria anunciar de imediato que se absterá na votação do Orçamento de Estado (ainda não apresentado pelo Governo).

O meu Camarada Francisco Assis segue a linha estranha de assinar papeis em branco o que, felizmente, não colhe muitos seguidores dentro do Partido Socialista que, cansados dos resultados de terem confiado a sua assinatura antes de conhecerem os conteúdos, exigem ler e reler o que irão ou não subscrever.

António José Seguro já lhe explicou isso mas parece que a coisa está difícil de entender.

Como diria António Vitorino aqui há uns tempos em relação a outras coisas, é agora a vez de Assis se habituar, sendo que desta vez o hábito a adquirir é em relação ao respeito pelo colectivo uma vez que o respeitinho pelo personalismo foi chão que já deu uvas.
Nota: O João que não se preocupe. A autoridade não se impõe aos berros e não faz parte dos costumes do PS silenciar os seus militantes. O PS está em boas mãos.
LNT
[0.433/2011]

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Tricas da comunicação

MicrofonesComo dizia um estapafúrdio chefe de gabinete com quem lidei em tempos:
Esta gente não se enxerga!

Quem teve a oportunidade e o interesse de acompanhar pelas televisões noticieiras o desenrolar do Congresso Nacional do PS verificou que foram puxados, até à exaustão, três assuntos em que os jornaleiros de serviço se concentraram, a ver:
1 - Listas conjuntas/listas concorrentes;
2 - Caso da visita aos bastidores feita por António José Seguro; e
3 - Revisão Constitucional para entrada do tecto do défice.

Como Passos Coelho só teve oportunidade de acompanhar o Congresso pelas televisões e mandou uma figura menor representá-lo no encerramento dos trabalhos, não teve oportunidade de saber o que ficou dito e por isso declarou à comunicação social que nada de novo de lá tinha saído. Pouco importa, em breve terá oportunidade de ouvir na Assembleia da República o que agora não lhe interessou, nem sequer para poder fazer um balanço um pouco mais lúcido.

Voltando aos pontos que os nossos pivots de serviço e comentadores (in)dependentes e (im)parciais não pararam de referir:

Sobre o ponto um – Listas – o interesse para a opinião pública era tanto como o de saber porque razão não se fazem listas únicas quando os cidadãos elegem os seus deputados para a Assembleia da República. Um assunto que reside na democraticidade interna do Partido mais livre de Portugal, em vez de ser entendido como sinal de vigor e de verdade foi objecto de tricas jornaleiras para daí tentar engodar a opinião pública, na tentativa de passar a imagem de divisão que nunca conseguiram encontrar nos corredores e no plenário da reunião magna.

Sobre o ponto dois – Charme de António José Seguro e engulhos de António Costa – a vontade de criar um caso foi tal que, depois de Assis ter dito o que disse sobre a sua posição em relação à nova liderança do PS e com isso ter esvaziado a intriga dos pivots, se apontou a matraca para repetir sem cessar que António Costa era o verdadeiro opositor de Seguro, mesmo sabendo que ele não era concorrente.
A visita que Seguro fez aos bastidores, em vez de ser considerada aquilo mesmo que era – uma cortesia aos trabalhadores da comunicação social e uma demonstração de reconhecimento pela divulgação dos trabalhos – passou a ser comunicado como manobra comicieira de charme (de nada serviram as permanentes declarações de Seguro confirmando que este é um tipo de acção que lhe é comum e assim sabido por todos os que já tiveram oportunidade de lidar com Seguro ao longo dos anos).
O momento alto veio a conseguir-se quando Seguro visitou a TVI24 e, em vez de o barrarem por se estar a realizar um directo com António Costa (coisa que era evidente Seguro não poder saber porque estava em trânsito), deixaram-no entrar em cena criando uma situação inesperada. António Costa, que afinal parece saber quem é António José Seguro, reagiu e abandonou a entrevista dando margem para todas as especulações. Foi aquilo a que esta gente chama de "momento televisivo". Não interessa para nada, mas um gag é sempre um gag, e não se pode desperdiçar.

Sobre o ponto três
– Revisão da Constituição para que passe a conter um tecto – único ponto que poderia ter algum interesse político embora insignificante naquele momento dado ser matéria a tratar noutra sede. Bastou saber que Seguro não faria declarações sobre o assunto para que a questão fosse colocada centenas de vezes.

Dito isto confesso que, também eu que não pude ir ao Congresso, estou agradecido pelos muitos directos que foram feitos os quais me permitiram, nos raros momentos de silêncio opinante dos jornalistas e dos papagaios de serviço, acompanhar aquilo que os congressistas disseram.
Bem-hajam por isso.
LNT
[0.370/2011]

domingo, 11 de setembro de 2011

Simbologia no Partido Socialista

Bandeira do Partido SocialistaA pedido de vários clientes na sequência do Post 360/2011 e, já que estou com a mão na massa, deixo o Hino oficial do Partido Socialista.
Trata-se da Internacional com letra de Manuel Alegre.
Aqui fica para ouvir
Se quiser fazer karaoke siga o texto que se segue:

A pé ó vítimas da fome
Não mais, não mais a servidão
Que já não há força que dome
A força da nossa razão
Pedra a pedra rua o passado
A pé trabalhadores irmãos
Que o mundo vai ser transformado
Por nossas mãos, por nossas mãos

(Refrão)
Bem unidos, façamos
Nesta luta final
Uma Terra sem amos
A Internacional
Bem unidos, façamos
Nesta luta final
Uma Terra sem amos
A Internacional

Não mais, não mais o tempo imundo
Em que se é o que se tem
Não mais o rico Todo-o-Mundo
E o pobre menos que ninguém
Nunca mais o ser feito de haveres
Enquanto os seres são desfeitos
Não mais direitos sem deveres
Não mais deveres sem direitos
(Refrão)
Já fomos Grécia e fomos Roma
Tudo fizemos nada temos
Só a pobreza que é em sobra
Dessa riqueza que fizemos
Nunca mais no campo de batalha
Irmãos se voltem contra irmãos
Não mais suor de quem trabalha
Floresça em fruto noutras mãos
(Refrão)
LNT
[0.368/2011]