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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

As micro mini-minis

Trotinete Micro
Depois da xaropada do PSD se aliar, uma vez mais, àquilo que chama as "esquerda-radical" e "extrema-esquerda-radical" para entalar o Governo e desvalorizar a Concertação Social, vem agora António Costa atirar com o tapa-buracos do PEC, coisa de agrado dos alegados “radicais” e do patronato concertado socialmente.

Solução B
encontrada, com agrado das “extremas” e dos empresários portugueses miseráveis que não cessam o soluçar por terem de pagar mais um par de euros aos trabalhadores que insistem em manter no salário mínimo (um dos mínimos mais mínimos dos salários de toda a Europa), segue-se para bingo.

É vê-los a evocar as mini e micro-empresas, com a boca cheia por serem o tecido empresarial português, alegrando-se com essa realidade e com a demonstração de força que lembrou ao Governo do PS que é sustentado pelos acordos da corda bamba sem rede e que se não equilibrar bem a maromba acabará por se estatelar no chão do circo.

E os mini e micro empresários chorões, tão empresários quanto essa condição lhes permita comprar em nome das empresas mini-mini a maior maioria dos bólides que por nós passam a voar nas auto-estradas, lá continuarão no seu choro lamentável de não poderem pagar mais uns litros de leite por mês a quem lhes dá a força do trabalho que realiza o lucro para as suas garrafas de whiskey.

Oremos por eles.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.020/2017]

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Foram precisos cinquenta e três dias

Posse XXI Governo

Só me é possível desejar ao XXI Governo Constitucional de António Costa o melhor sucesso.

Esse sucesso será a alavanca da nossa melhoria de vida e do retorno a um ciclo de normalidade onde as pessoas que se queixem das condições que lhe são impostas não sejam considerados piegas mas sim cidadãos a quem é necessário dar voz e proporcionar uma vida melhor.

Esse sucesso será também a vitória dos nossos jovens que passarão a ser olhados como riqueza do nosso País e não como carne de canhão para desenvolvimento dos outros Países.

Esse sucesso passa pela normalidade da vida dos cidadãos onde o trabalho volte a ser um bem maior e onde o desemprego tenha uma luta dirigida em vez de ser considerado como um efeito colateral de uma economia neoliberal.

Quem me lê sabe que não sou propriamente um crente da solução conseguida. Penso que, em situação normal, deveríamos estar perante um poder executivo diferente com uma oposição forte para o condicionar. Mas isto não foi uma situação normal por diversas razões, entre elas a incapacidade de os ganhadores das últimas eleições não terem tido o bom senso de conseguir um assentimento mínimo de sustentabilidade.

Agora resta a esperança, o que já não é pouco dada a sua falta nos últimos quase cinco anos.

Resta a exigência, que se espera sempre maior àqueles que nos são mais próximos do que aos de quem já nada se espera.

Boa sorte para todos nós.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.299/2015]

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Vai ser um vale de lágrimas

Asterix PapiroDaquilo que leio e oiço vamos ter Governo lá para 6ª Feira. Foram precisos vinte e sete dias para parir um nado-morto (segundo o Priberam: "Produto da fecundação que não manifesta sinais de vida após a expulsão ou extracção do corpo da progenitora").

Felizmente em Portugal não se reproduzem elefantes senão a espécie estava em iminente risco de extinção.

Essa coisa que tanto tempo demorou a cogitar (e que considero como formalidade útil da democracia) trás consigo dois novos abcessos para os quais nem sequer haverá duodécimos para o papel timbrado.

Dos que partem, Deus os conserve, vamos ter saudades das palhaçadas do homem da economia, do colinho da comunicação social do Opus Saúde, da irrelevância da senhora que deixou pendurados os estatutos das forças de segurança e uma saudade eterna dos estremeções que o homem da educação conseguia sempre multiplicar exponencialmente.

Dos que ficam e dos que entram para a gestão esperamos a lamúria, o choradinho e a pieguice pegada, agora que vão ficar fora da sua zona de conforto.

Vai ser um vale de lágrimas até que os estalinistas se convertam ao capitalismo e aos mercados e os trotskistas se deixem de revisionismos proporcionando ao rabugento e sectário mestre-de-cerimónias uma saída airosa.

ET. Tinha-me esquecido, dos que saíram, daquela senhora que teve um gabinete no Terreiro do Paço e fez a nossa justiça engasgada andar no passo que todos sabemos.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.283/2015]

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Um dos mais curtos Governos Constitucionais

Assembleia da RepúblicaUma vez tomada a decisão pelos órgãos próprios do Partido Socialista de apresentar uma Moção de Rejeição ao Programa do Governo que vier a ser apresentado pelos Partidos componentes da Coligação que venceu as eleições no passado dia 4, parece não haver dúvida de que estamos perante o mais curto Governo constitucional da História da democracia portuguesa pós 25 de Abril.

O Presidente da República decidiu o que tinha a decidir, remetendo para o Parlamento como constitucionalmente não poderia deixar de fazer, a responsabilidade da decisão dos deputados.

O Presidente da República vai ter a oportunidade de perceber que os deputados têm todos os mesmos poderes, direitos e deveres dos quais não podem ser excluídos por preferência presidencial. Vai ter a oportunidade de entender que os deputados eleitos pela maioria dos eleitores portugueses rejeitarão a continuação das políticas que foram seguidas pelo Governo que termina agora as suas funções.

Não será a primeira vez que um Governo Constitucional verá o seu Programa de Governo rejeitado. Aconteceu anteriormente com um outro, o III Gov. Const. de Nobre da Costa, embora fosse um Governo de iniciativa presidencial e não resultante de eleições.

Rejeitado este, volta a ser tempo do Presidente intervir. Veremos o que fará, embora o seu discurso de ontem tenha deixado pouca margem para decidir em conformidade com o superior interesse nacional que tanto gosta de referir.
LNT
#BarbeariaSrLuis
[0.281/2015]

sexta-feira, 13 de março de 2015

Bolsas VIP

V.I.P.Quando um membro do Governo diz que não deu uma ordem mas que é possível que alguém nos serviços tenha feito alguma coisa, continuamos no âmbito do ódio que este Governo nutre pelos trabalhadores do Estado.

Primeiro foi o ataque indiscriminado aos funcionários e a tentativa de guetizar essa parte do mundo do trabalho. Depois foi o assalto aos seus vencimentos. Depois foi o congelar das carreiras. Depois, de muitos outros depois, chegou a insinuação de Passos Coelho não ter cumprido as suas obrigações contributivas por falha dos funcionários da SS que não o notificaram. Finalmente vem a sugestão de que, a haver a tal bolsa VIP de contribuintes, se deve a alguém da Administração que a quis fazer à revelia do Secretário de Estado.

Quem viveu tantos anos neste antro sabe que há inúmeras ordens (principalmente quando ilegais) dos gabinetes governamentais que não deixam rasto. Nada tem de invulgar um director-geral chamar um seu subordinado para lhe dar determinadas orientações, não reduzidas a escrito, que diz trazer de “despacho” com o membro do Governo.

Todos conhecemos esses métodos e todos sabemos como a maioria dos dirigentes intermédios reagem quando lhes são transmitidas orientações com o rótulo de “O Secretário de Estado disse, mandou, sugeriu, etc.”

À parte deste maldito hábito de não se respeitarem os trabalhadores da Administração existe, neste caso em concreto, uma fortíssima ignorância sobre a forma como se desenrolam os acessos informáticos, ignorância que provoca os maiores disparates na boca dos comentadores do costume.

Basta referir que não existem acessos a dados sem registo de quem acedeu para se ter uma ideia de que não é necessário qualquer “campainha”. A chave neste caso será o número de contribuinte e não há qualquer dificuldade em saber (por quem tem essa competência) quais os funcionários (que têm de estar autenticados na rede) que acederem às informações de determinado NIF.

Um Secretário de Estado não precisa de construir uma “bolsa de campainhas VIP”.

Basta-lhe um telefonema ao Director da Segurança informática (ou à Sub-directora-geral que o superentende) pedindo-lhe que saiba quem acedeu, no período X, aos dados do número fiscal Y.

Isto tanto serve para proteger um determinado cidadão (identificado com o Número Fiscal) como para o perseguir.

E mais não digo, pelo menos por enquanto.
LNT
[0.144/2015]

sexta-feira, 28 de março de 2014

Refrituga (no fundinho do pote)

PorcosVoltando à conversa do melhor e do pior e, já agora, à outra da mulher de César, chegamos às questões que fazem da política uma porca e à conclusão de que nem todos os porcos são iguais.

O ministro da economia anda na passeata com o Primeiro por terras africanas do Indico.

Mais uma vez, o que tinha para mostrar foi uma unidade industrial de seu grupo de interesse.

Certo, certo é que desde que tomou posse já andou por Angola e Moçambique a tratar dos assuntos da economia refrigerante (foi logo a sua primeira incursão no estrangeiro e, por coincidência, sempre assuntos e interesses ligados ao grupo onde exercia actividade – nem é preciso lembrar as suas ligações a uma marca conhecida do mercado).

Usando uma técnica marcelista poderia questionar e simultaneamente responder:

- Os refrigerantes que Pires de Lima promove são uma actividade económica de interesse para Portugal? Sim, são!;
- É eticamente correcto que um empresário vá para o poder e lá promova uma marca com que tem profundas e antigas ligações? Pode ser que sim, desde que seja no poder que temos.;
- É aceitável que se use o poder para tratar de assuntos de interesse próprio e dos amigos? Pode ser que sim, desde que isso aconteça em Portugal;
- Esta política tem cheiro? Sim, tem. Cheira a ovos podres e só não cheira mais porque as essências agradáveis utilizadas nos néctares refrigerados, misturadas com a falta de isenção de quem deveria divulgar estas coisas, abafam muito bem o pestilento que por aí vai.

Sem dúvida que isto, para alguns, está melhor. Aliás, nunca tinha estado tão bem.
LNT
[0.118/2014]

terça-feira, 5 de novembro de 2013

O poder do CDS-PP (editado e actualizado) *

CDS-PPO irrevogável e agora inenarrável * vice-coiso de Portugal continua na senda do ilusionismo contorcionista que faz parecer um irrelevante Partido num Partido importante e que transforma a imagem do povo português numa pantominice.

Depois de Paulo Portas ter sacrificado os colossais esforços dos contribuintes portugueses a uma estratégia pessoal para conseguir obter, em seu proveito pessoal, a vaidade de ser vice-coiso, passeia-se por esse Mundo fora carregando de ridículo o País, ora por nos representar como povo subserviente perante o poder do dinheiro que o fascina, ora por não ter a mínima noção do respeito devido às comunidades que contacta.

O vice (sub)-governo que Portas lidera inclui um Ministro Vespa que tem para a pós-troika a aplicação de medidas por si não defendidas no entretanto da troika, uma Ministra que não tem a mínima noção do que se passa no seu Ministério e um recente Ministro que renegou tudo aquilo por que se bateu antes de tomar posse e que entende que a economia portuguesa é a negociata dos sectores de refrigerantes que dirigiu até pôr os pés na Horta Seca.

O irrelevante CDS-PP exerce o poder como se tivesse alguma expressão política num Governo sem rei nem rock que confunde liderança com prepotência. É o que dá terem-se posto todos os ovos chocos no mesmo cesto.

* Como o artigo do “HojeMacau” passou a inacessível (dizem que por excesso de tráfego) fica aqui o pdf recuperado através da Cache do Google.

LNT
[0.426/2013]

O poder do CDS-PP

CDS-PPO irrevogável e agora inenarrável vice-coiso de Portugal continua na senda do ilusionismo contorcionista que faz parecer um irrelevante Partido num Partido importante e que transforma a imagem do povo português numa pantominice.

Depois de Paulo Portas ter sacrificado os colossais esforços dos contribuintes portugueses a uma estratégia pessoal para conseguir obter, em seu proveito pessoal, a vaidade de ser vice-coiso, passeia-se por esse Mundo fora carregando de ridículo o País, ora por nos representar como povo subserviente perante o poder do dinheiro que o fascina, ora por não ter a mínima noção do respeito devido às comunidades que contacta.

O vice (sub)-governo que Portas lidera inclui um Ministro Vespa que tem para a pós-troika a aplicação de medidas por si não defendidas no entretanto da troika, uma Ministra que não tem a mínima noção do que se passa no seu Ministério e um recente Ministro que renegou tudo aquilo por que se bateu antes de tomar posse e que entende que a economia portuguesa é a negociata dos sectores de refrigerantes que dirigiu até pôr os pés na Horta Seca.

O irrelevante CDS-PP exerce o poder como se tivesse alguma expressão política num Governo sem rei nem rock que confunde liderança com prepotência. É o que dá terem-se posto todos os ovos chocos no mesmo cesto.
LNT
[0.424/2013]

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

De director do Independente a amanuense engravatado

TridentePortas, o irrevogável, deixou de ser Ministro dos Negócios Estrangeiros porque nessa condição nunca conseguiu fazer política externa com os nossos parceiros europeus. Seguiu a coerente linha de que a Europa não é a estranja porque fazemos parte dessa União.

Portas, conforme por si divulgado, deixou irrevogavelmente de ser MNE porque nessa função era o número três da hierarquia e ambicionava ser o número dois ainda que ex-áqueo. Como a posição para o conseguir lhe era indiferente, prontificou-se a todas as sevícias desde que a solenidade lhe fosse garantida.

Portas, o irrevogável MNE, pôs-se a jeito (usando o léxico habitual do seu chefe) e o chefe, que logo na altura o informou de que a palavra de Portas tinha o mesmo valor que as palavras têm para o vento, ficou ontem a saber publicamente que é um desleixado por ter o trabalho de casa em falta e que aquilo que comunica ao País não tem qualquer relevância.

A bazófia e o pretensiosismo de Portas fê-lo refém submisso de Coelho. Passos não perde uma oportunidade para o reduzir à insignificância. É da vida.
LNT
[0.289/2013]

terça-feira, 23 de julho de 2013

Portugal refundido

Paulo Portas

Agora que está confirmado que aconteceu aquilo que sempre disse que ia acontecer, isto é, que o Presidente da República iria fazer um número para fingir que era uma entidade viva e que depois de assim ter aparecido voltava ao seu estado vegetal para satisfazer os desejos e ambições do seu Governo, fica a questão mais importante de todas.

Será que Paulo Portas, o putativo novo Primeiro-ministro em efectividade, conseguirá encontrar um palácio, palacete, forte, ou qualquer outro imóvel onde aloje, com a dignidade que lhe é devida, toda a sua irrevogável prosápia?

Deus queira que sim, senão acabará a dividir os cómodos de Belém com o seu tutelar e mumificado chefe o que não será bom nem para ele, nem para a Nação que ambiciona vê-lo bem mais alto do que os maduros do Coelho.

Não é todos os dias que o dono de um Partido tão minorca chega a tão importante cargo. A minoria agradece, a Nação aguenta, aguenta…
LNT
[0.245/2013]

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Cantando e rindo

CanoagemDiz-se por aí que o alegado Vice-Primeiro Ministro do alegadamente Governo em pleno exercício de funções já tinha embalado a trouxa para zarpar dos negócios estrangeiros.

Já para não falar no custo que as habituais fotocópias devem ter importado e no esforço feito pelas digressões à procura de um palacete ou forte que desse dignidade de Estado à função alegadamente relevante de coordenador da economia interna e externa, da finança lado-a-lado no que respeita à troika e de outras minudências relativas a alegados interesses ligados à gestão pública da Administração Central, basta que nos concentremos na presumível frustração que irrevogavelmente condicionará o estado anímico do retornado Ministro dos Negócios Estrangeiros para termos um panorama da vontade que anima o actual executivo.

Logo agora que tudo parecia ir para melhor, uma vez que estava aberta a janela de oportunidades para que Álvaro levasse consigo, para Vancôver, o alto interesse da Nação que consistia na substituição das exportações de faiança fina das Caldas pelas natas dos pastéis de Belém, e também devido ao facto do sector cervejeiro português passar a ter na economia um mandante de peso, ainda que coordenado à maneira portuguesa (uma canoa com inúmeros timoneiros e um só remador) que trocasse o interesse estratégico da fermentação das uvas pela fermentação da cevada, o País foi surpreendido com uma nova série do filme “a Múmia volta à vida” com o intuito de se demonstrar que continua a ser verdade que as vinganças frias e os guiões complexos fazem parte da marca nacional.

Continuamos a navegar à bolina e com ventos soprados por um Adamastor escondido num rochedo de tabus.

Mais tarde há-de surgir um Roteiro que aponte os culpados e os desleais que provocaram um segundo resgate, esquecendo que já o primeiro fez parte da mesma estratégia e teve por principal actor o autor desses mesmos Roteiros.

Voltando à trouxa do MNE, espera-se que a não desfaça, para que se não perca tudo. Já não faltará muito para que os eleitores lhe confirmem que chegou a hora de partir.
LNT
[0.229/2013]

terça-feira, 9 de julho de 2013

Governo Portas referendado por Schäuble

BugCom 653.888 votos (11.74%) O Partido Portas conseguiu formar governo. Para tal teve a anuência do PSD que, para evitar eleições, se prontificou a ceder-lhe o total apoio em troca do cargo representativo de Primeiro-ministro.

Está por saber o que fará Portas com tanto poder, mas isso também interessa pouco para o assunto. Não temos pressa nem urgência, o Presidente da República ainda tem muito tempo para namoriscar todos (desde que seja nas horas normais do expediente) até porque o ministro das finanças alemão já referendou o acordo e deu posse ao novo Governo português.

Entretanto, a Ministra das Finanças de Portugal andou pela Europa a beijocar tudo quanto é salta-pocinhas e explicou que está na disposição de encostar a sua cabecinha à do todo-poderoso Vice-Portas porque acredita na osmose dos neurónios. Ela não sabe nem sonha, mas possivelmente não tem de saber e tem outros sonhos mais interessantes, que Ortros – filho de Equidna e de Tifão – é hoje uma estrela brilhante depois de Héracles lhe ter limpado o sebo.
Coisas da vida, como diria o meu estimado Guterres.

Voltemos ao que interessa e deixemo-nos de antiguidades. Saudemos Paulo Portas pelo milagre da multiplicação dos votos. Sintamo-nos todos representados na sua liderança e felizes por finalmente vermos a finança (que colecta) coordenada pela economia (que gasta).

Afinal estamos no Verão e este é o tempo dos festivais de música e dos ministros promovidos pelas marcas de cerveja.
LNT
[0.221/2013]

quinta-feira, 4 de julho de 2013

M' espanto às vezes, outras m' avergonho

Abrupto
Esta coisa de concordar com Pacheco Pereira é algo que me custa e irrita, mas não tenho outro remédio.

Ele acabou de dizer na Quadratura do Círculo que estas políticas não são uma imposição da Troika ao Governo Português mas sim uma decisão do Governo Português com a concordância da Troika.

Irrita-me, mas não posso deixar de concordar, porque tem sido isso mesmo o significado para “ir além da Troika”
LNT
[0.212/2013]

terça-feira, 2 de julho de 2013

Não me demito e não aceito a demissão de quem se demitiu

Passos Coelho

Aquilo que estamos a viver em Portugal é qualquer coisa que passa todos os limites de imaginação.

O Primeiro-ministro de um Governo de coligação que se comporta como um miúdo do jardim-escola e que decidiu o absurdo convencido que assim mostrava quem manda, dois ministros de estado que se demitem em dias seguidos, sendo que um deles é o líder do Partido muleta da coligação, o chefe do governo que nunca negociou com quem quer que fosse e que agora diz ao País que tudo fará para conseguir o consenso que não procurou há menos de 24 horas, o Presidente da República que empurra a sua responsabilidade pelo regular funcionamento das instituições para os Partidos políticos que não têm instrumentos para derrubar o Governo (por já terem queimado as moções de censura da sessão legislativa), o líder do Partido muleta que se demite sem concertar com os seus militantes que exercem cargos governativos uma estratégia (inclusivamente deixando que um deles tenha tomado posse no momento em que fazia saber ao País que se demitia).

Como foi possível que o povo deste País tenha elegido tais gentes? Sim, sei que disse no início do texto que aquilo que se está a passar ultrapassa todos os limites da imaginação, mas já algo de muito mau se podia imaginar desde o início, desde o inacreditável que se passou nas campanhas eleitorais, tanto nas do Presidente da República, como nas legislativas.
LNT
[0.205/2013]

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Terrorismo*

Terrorismo
Estava castelando no Alvito de caipiroska em punho para tentar resistir ao sofrimento de mais uma comunicação ao País, feita pelo eleito patrão do homem que nunca foi eleito (e abomina quem o tenha sido), para anunciar a última dose de cicuta que antecederá a seguinte quando se confirmar que Gaspar falhou mais uma previsão, quando vi na SICn a imagem que se reproduz (agradecido à Pastelaria pelo recuerdo).

Foi alegadamente uma graça combinada entre o operador de câmara em primeiro plano e o que lhe fez o boneco das costas tendo o Pedrito de Portugal ao fundo ladeado pelas janelas escancaradas aos jardins e à piscina de Cavaco e enquadrado pelas bandeiras que se aqueciam à lareira.

Tal, foi um acto terrorista, dirão.

Também assim o considero, embora não me esteja a referir ao estampado da camisola nem à graçola tipo "óh Pedro, fico melhor assim, ou assim?".
* Sistema de governo por meio de terror ou de medidas violentas (Dicionário Priberam)
LNT
[0.093/2013]

terça-feira, 30 de abril de 2013

… e mal pagos

KatrepillerAgora que transformaram as reuniões do Conselho de Ministros em RGA’s fala-se que Gaspar está de malas aviadas para abandonar lentamente o barco em que nos fez naufragar. Diz-se que hoje de manhã andou a minar o que resta do casco já com o salva-vidas vestido.

Enquanto isso, a RGA de Ministros ultima em segredo o novo PEC, digo, o DEO que entregará em simultâneo na AR e em Bruxelas.

Depois de o fazer vai voltar a falar em consensos (consentimentos) como lhe ordenará o padrinho de Belém.
LNT
[0.087/2013]

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Granel

BlocoO Paulo Gorjão levanta várias questões (remetendo-as para futuro tratamento) sobre a passagem de diversos jornalistas para as áreas de poder.

Confesso que me parece um não-assunto. Qualquer cidadão, independentemente da sua profissão, não pode ser impedido de ser chamado a funções públicas. O princípio de que todos são inocentes até prova em contrário também se tem de aplicar aqui e o facto de se ser jornalista não pode, em si, ser um anátema por ter escolhido tal profissão.

Já o contrário, o não cumprimento de um "período de nojo" quando se abandona o poder a caminho de interesses tutelados pelo poder que se abandona, é outra conversa.

De resto, essa ideia de que ir para um gabinete ministerial ou para uma pasta governativa é um prémio atribuído por serviços prestados é, por si só, uma ideia decorrente de juízos muito em voga, muitas vezes criados pela práxis, reconheço, mas muitas outras só resultantes da má opinião generalizada sobre o exercício do poder.

Abstenho-me de personalizar (até por haver as mais diversas situações) mas conheço muitos em que o exercício desses cargos poucas ou nenhumas vantagens trouxe ( e outros a quem trouxe diversas desvantagens).

Como em todas as actividades desempenhadas por seres humanos, há sempre quem tenha ética e honestidade e quem as não tenha. Concordo com o Paulo Gorjão quando ele dá a entender que há que evitar generalizações.
LNT
[0.072/2013]

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Além da tróika

NauCom a rotativa de propaganda a trabalhar em alta rotação e com o anúncio, às pinguinhas, dos piegas que vão entrando para o Governo (não vá o Governo extinguir-se sem terem tido oportunidade de protagonismo curricular), Passos Coelho refugiou-se na toca, Gaspar anda de mão estendida por esse Mundo fora a tentar que alguém lha aperte e Paulo Portas persegue Álvaro por continentes longínquos com os intuitos de não o deixar falar do pastel de nata em que transformaram este País e com o de não se pronunciar sobre o assalto ao poder feito pelo PSD, escudado na máxima de que quando está lá fora não fala do que cá dentro se passa.

O problema de tudo isto (e vão agravá-lo em breve quando se voltarem a reunir para decidir novas formas de empobrecer o povo que dizem governar) é que esta gente pensa que os portugueses não os merecem. O problema é não terem a noção de que são eles que não merecem este povo. É por isso mesmo que Gaspar entende que nos está a pagar o que por ele fizemos quando nós, povo, agradecíamos que ele pagasse indo-se embora e com ele levasse as folhas de cálculo com formas mal paridas por gente que tem pouco jeito para a realidade e com elas levasse também as teorias de que os povos são felizes quando, depois de tudo se lhes retirar, se lhes atribui umas migalhas.

Foram além da Troika e agora que finalmente reconhecem que ir além do Bojador nem sempre é mais do que ir além da dor, continuam a encher a nau com marujos que desconhecem a leitura das estrelas. Resta-lhes o naufrágio e a nós resta desejar-lhes que, antes de se afundarem, sofram do escorbuto com que nos contaminaram.
LNT
[0.066/2013]

domingo, 14 de abril de 2013

Longe de mais, he said

PortasPassos Coelho disse ontem que Portas andava longe de mais para ter ido à tomada de posse deste governo de maduros.

Hoje Paulo Portas já está perto para se sentar no Conselho Nacional do CDS a intrigar mais um pouco sobre a chuva e a traçar as navegações com que consegue o milagre de andar nos temporais sem se conseguir molhar, coisa estudada e aprendida quando transformaram o CDS em PP e a liderança do CDS deixou de ser democrata-cristã para passar a ser popular, populista, ou lá aquilo que é.

Portas sabe que, agora que o Governo já está maduro, falta-lhe pouco para cair de podre.

Paulo sabe que se a política fosse para ser feita por Professores Universitários, o Conselho de Ministros seria uma Reitoria.

Enquanto Maduro não se pega com Gaspar e os dois não se pegam com Álvaro, até porque Álvaro não se pega com quem quer que seja por preferir a Horta Seca à seca de ter de dar aulas a canadianos, Portas vai fazendo os seus habituais joguinhos aprendidos no tempo do Independente, altura em que tinha por Cavaco muito mais respeito frontal do que hoje finge ter.
LNT
[0.052/2013]

Excitações

Eva
A excitação que por aí vai por termos passado a ter mais um Professor no Governo.

Se isso fosse uma grande vantagem então estaríamos todos bem com o nosso Presidente da República, com Álvaro, com Gaspar, com Crato e com mais uns quantos que andam por aí e a TVI seria uma janela de oportunidades para a salvação nacional.
LNT
[0.050/2013]