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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Bómm, o entertainer

Marcelo Rebelo de SousaTudo se resume na frase de vaipe:
Durante o avião pus-me a pensar e todos me disseram – não vás, porque...”

Marcelo pensa e todos lhe adivinham o pensamento, todos lhe respondem ao pensamento-pensado (mais do que pensado, mais do que armadilhado)

Bómm, o entretainer, ensaiou na catedral alfacinha do circo e do espectáculo o derradeiro entretém que fez de um congresso um mega-comício de campanha eleitoral e atirou para a rua os candidatos laranja à Europa, ao Parlamento Português e à Presidência da República.

Bómm, o entretainer, abafou todos os seus parceiros e amigos que pretendiam brilho, incluindo os infelizes Coelho e Menezes. Calou a gritaria e a prosápia de Rangel. Deixou a ideia de vazio que Santana nunca perdeu.

Só não conseguiu abafar a inconseguida Relvasrisação da coisa. Disso trataram os congressistas-eleitores que o reduziram ao que vale.

The show must go on!


LNT
[0.068/2014]

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Sigamos, pois, o cherne

CherneSabemos, pela boca de Durão Barroso, que já estão aprovadas na União as alternativas à ignorância da TSU. Não sabemos quais, (e porque teríamos de saber se o Governo português mais não é do que um gabinete de apoio à Troika?) nem percebemos porque teria de haver medidas alternativas para uma medida que se destinava a fazer só acrescentar uma verba remanescente à Segurança Social (a não ser que nesta alternativa se insista em tirar parte dos salários dos trabalhadores para a entregar à entidade patronal).

Confirma-se que Marcelo Rebelo de Sousa é, cada vez mais, uma carta fora do baralho nas próximas presidenciais portuguesas, é o que é.
Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa…
Alexandre O'Neill
LNT
[0.465/2012]

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Homilias

Caneca das CaldasNa habitual homilia dominical, o pré-candidato ao palácio de Belém, o Sr. Sousa, como um dia lhe há-de chamar o Jardim do Funchal, aconselhava ontem o Primeiro-Ministro a fazer um especial agradecimento aos trabalhadores do sector estado (pelo menos àqueles a quem foi surripiada a primeira tranche de 1/14 do vencimento anual).

Marcelo devia estar a brincar, embora tivesse posto a sua cara mais séria quando fez a sugestão. Se a matilha do “para além da troika” me viesse agradecer pelo facto de me ter roubado para poder continuar a nomear os amigos para lugares remunerados pornograficamente, (diz o Público que depois da EDP chegou agora a vez de encaixar mais uns quantos na REN) penso que iria às Caldas da Rainha encomendar um serviço que em tempos lá vi à venda.

Imagino que o próximo almoço comemorativo de mais um aniversário de acesso ao pote servido nesse conjunto de loiça fina iria provocar muitos risinhos e arrepios em grande parte da quadrilha.
LNT
[0.314/2012]

terça-feira, 3 de abril de 2012

O Tino de Sousa

MagritteTenho para mim que Marcelo vai tropeçar nesta sua corrida para Belém quando (e se) Leonor lhe saltar ao caminho. O namoro que resolveu fazer a António, tentando conquistar simpatias entre os que gostariam de ver António como líder do PS mesmo sabendo que ele fugiu à responsabilidade de suceder a José como o Diabo foge da Cruz (perdoem-me a blasfémia em Semana Santa), poderá ser mais um mergulho no Tejo, desta feita mais perigoso porque o Professor começa a dar sinais de flacidez. O tempo não perdoa e se Leonor se fizer à fonte não haverá milagre das rosas que salve o sacristão de Domingo.

José Manuel já tinha sentido as orelhas a arder quando o conselheiro de Aníbal lhe fez lembrar, na anterior homilia, tratar-se de um mero anfitrião de chapéu na mão. Através do ataque mesquinho e intriguista, tal como tem sido constante na sua vida política desde que Paulo deixou os jornais para se dedicar à política dos dentes branqueados, o mais que conhecido Cascalense quis, com esta golpaça, sentar António no Largo do Rato para que ele não lhe fizesse sombra na correria à Afonso de Albuquerque uma vez que o Secretário-Geral de um Partido nunca conseguirá pular directamente desse galho para o poleiro do Pátio dos Bichos.

Marcelo, Professor de primeiro nome, está cada vez mais igual a si próprio. Nem os seus esgares fazem esquecer que sempre que foi a votos trouxe de lá um saco cheio de nada.

Marcelo Nuno sabe que daqui a catorze anos terá 78 primaveras. É-lhe fatal. Faz-lhe perder o tino.
LNT
[0.191/2012]

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A golpada de Marcelo

CorrenteAquilo a que Marcelo ontem chamou de golpada no PS é uma aflição que consegue pôr quase todos os poderes instituídos em sobressalto. A grande golpada de Seguro, como disse Marcelo, é atribuir o poder de escolha dos representantes do PS – Assembleia da República e órgãos autárquicos – aos militantes do Partido Socialista.

Seguro vai assim cumprindo o seu caminho sem fraquejar. Comprometeu-se a rever os estatutos do mais democrático de todos os Partidos portugueses, tornando-o ainda mais democrático e transparente, e isso fez-se nos prazos estabelecidos na moção aprovada no último Congresso Nacional. Como retirou a arbitrariedade às cúpulas partidárias e atribuiu a faculdade de concurso e selecção dos candidatos do Partido Político por método eleitoral (universal e secreto) vai por aí um “aqui d’el rei” que só visto e aqueles que hoje ocupam esses lugares sem nunca se terem sujeitado ao sufrágio dos seus pares, muitos deles nem sequer estão no PS há meia dúzia de anos e outros nunca se fizeram votar nas Secções, sentem-se incomodados.

A lição é para toda a cadeia política, seja ela a que se baseia na perpetuação das lideranças, seja a dos comités centrais, ou seja a dos baronatos. O PS dá, uma vez mais, o mote da democracia.

Obrigado António José.
LNT
[0.188/2012]

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Canja

Canja de patas de galinhaVivemos tempos complicados. Marcelo já lança farpas ao seu rival directo à Presidência da Republica e a comunicação social faz de conta que a sua homilia dominical foi uma sessão iniciática de banalidade, por exemplo, sobre a precipitação nas albufeiras ou sobre a esperança contida no novo discurso do Primeiro-Ministro para esconder o "ir mais além, custe-o-que-custar".

Se, relativamente ao tempo de chuva, qualquer pessoa minimamente atenta verificou que Marcelo tinha a cábula escrita com uns apontamentos que lhe tinham passado para o "directo combinado", na treta da mensagem da esperança já quis esconder a estratégia pirómana do actual poder que consiste em deixar a ideia de que já tudo ardia antes e que ele (o actual poder) é o bombeiro nesta estepe de terra queimada, não vá qualquer grão de trigo persistir em rebentar e alguém diga que se tratou de semente antiga.

Marcelo é um homem inteligente e um mestre da manipulação. Sabe mais a dormir que a maior parte dos "espertos" que por aí andam convencidos que têm a mente desperta. Tem o instinto da serpente e, como se sabe, as serpentes não conseguem reter os seus instintos de morte por muito tempo. O recado para as fontes anónimas cavaquistas alojadas nas saias de presidência da comissão europeia parecia mais a celebração de um ritual de macumba do que de magia branca. O sacrifício das galinhas pretas não se fará esperar.

Qual vichyssoise, qual canja, qual o quê. Vai ser uma cabidela dos diabos.
LNT
[0.126/2012]

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Touché

EsgrimaNunca a corrida para Belém tinha começado com tanta antecedência.

Marcelo Rebelo de Sousa já se posiciona pela direita agora que Durão Barroso é visto da mesma forma que o comandante do Costa Concordia.

Manuel Carvalho da Silva inicia hoje o processo de pré-candidatura pela esquerda.

Vai ser uma batalha interessante principalmente porque vivemos uma fase de catarpillagem das arrumações antigas e em que até o sonho de Sá Carneiro – um presidente, uma maioria, um governo – foi ultrapassado por – um Presidente da Comissão Europeia, um Presidente da República, uma maioria e um governo – e ex-candidatos da direita já foram ministros de governos PS e outros são agora seus deputados.
LNT
[0.065/2012]

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Minas e armadilhas

Facas laranjaNa sua homilia dominical, o pregador de serviço desancou o Primeiro-Ministro. De caixeiro-viajante a medroso, sugeriu de tudo e, tivesse saído um livro sobre os ensinamentos de como não se deve exercer a política, tê-lo-ia igualmente publicitado.

Se o actual provedor da Santa Casa da Misericórdia tivesse voz de anjo-da-guarda, andaria por estes dias a soprar ao ouvido de Passos Coelho para que revisse os amortecedores do berço e comprasse um colete à prova de facas nas costas.

No entanto Marcelo tem razão, embora lhe fique mal tê-la. Passos Coelho anda em acção comercial a anunciar ao Mundo que tem umas empresas para vender a preço de saldo e que, quais "eurobonds" qual quê, as entregará por tuta-e-meia a quem se apresentar à pechincha. Leva na mala o MNE que lhe vai passando o know-how, adquirido nas feiras e mercados, sobre como comercializar K7 piratas e uns churros e farturas fugidos ao controlo da ASAE. Marcelo também tem razão quando diz, embora lhe devesse dizer pelo telefone, que o PM não deve andar sempre a falar da revolta popular, embora a sua consciência o faça temer pelo incessante esticar da corda puxada pelo Ministro dos Impostos.

Isto está tudo ligado, como dizia o outro, alinhado e ritmado pela corda do cavaquinho.
LNT
[0.346/2011]

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Marcelar

Rui PerdigãoHá pessoas em Portugal que continuam a ter um estatuto acima de todos os outros mortais. Esses personagens apresentam-se sempre sem contraditório e dão-lhes tal relevo que lhes concedem espaços nobres da comunicação de massas para que façam da sua oratória, baseada em suposições e palpites, matéria para condicionamento das agendas mediáticas e do poder.

É interessante verificar que esta prática se aplica na proporcionalidade inversa dos resultados que esses personagens obtém quando se sujeitam a sufrágio (aliás, por regra, sempre que vão a eleições internas ou externas conseguem sair de lá sem mandato), assim como é interessante verificar o grau de erro que resulta das suas análises apesar de conseguirem diminuir essa percepção dizendo tudo e o seu contrário.

Exemplos? Marcelo Rebelo de Sousa e José Pacheco Pereira, entre muitos outros que nem sequer se deixam escrutinar.

Vem isto a propósito de quê? A propósito daquilo que Marcelo ontem deixou ficar no ar quando se referiu às agências de notação e às justificações que deu para explicar as incoerências do Presidente da República quanto aos “mercados” tentando desviar a opinião pública do facto de elas resultarem exclusivamente da alteração do novo equilíbrio político de direita por ele fomentado com mestria, diga-se.

As agências de notação servem para fornecer indicações aos “mercados” sobre os activos que estão na praça. Para que essas indicações sejam relevantes têm de se basear em metodologias e boas-práticas credíveis. Não podem ser mera fonte de opinião. Resultam da análise de indicadores, metas e métricas.

O que é que lhes dá credibilidade? A transparência na aplicação dos métodos, a qualidade na recolha e no tratamento dos dados, a aplicabilidade, a coerência e a consistência dos indicadores, a fiabilidade dos resultados (também mensurável pelo índice de erro em avaliações anteriores) e a imparcialidade e independência na sua comunicação. Há muitas empresas, e também as há na Europa e até mesmo em Portugal (aqui está uma boa área de negócio internacional de serviços que o Poder nacional deveria apoiar) que não estão cotadas nem fazem parte do portfolio de referência dos grandes investidores e dos grandes decisores institucionais. Há que as credibilizar.

O capitalismo não se gere nem se assusta com o coração. Mesmo com a razão é aquilo que se sabe, quanto mais com estados de alma! Ás investidas do capitalismo desenfreado tem de se responder com a mesma insensibilidade impiedosa e, para isso, as suas vítimas terão de centrar a defesa na demonstração de que os instrumentos ou estão mal concebidos, ou incorrectamente aferidos e/ou que os resultados transmitidos estão manipulados ou distorcidos.

Como? Primeiro com a creditação internacional das metodologias e dos indicadores, depois com a calibragem dos instrumentos de aferição e finalmente com a constatação das evidências através de auditoria igualmente creditada.

Ao contrário do que Marcelo quis fazer entender isto não é conversa de café e quando, p.e., as notações com base nas medições de risco referentes aos USA são baseadas em regras opacas e diferentes daquelas que têm sido aplicadas em países europeus (até agora SÓ para ALGUNS países europeus) tem de se demonstrar essa contradição.

A questão não é nova e a alteração de opinião que Cavaco Silva apresentou nos últimos meses só lhe deveria ser permitida se ele não fosse um técnico da matéria, razão bastamente evocada como o valor para o fazer eleger das duas vezes que se candidatou à Presidência da República.
LNT
[0.261/2011]

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Pode a RTP viver sem Marcelo?

Sorriso de pedraPode, mas não é a mesma coisa. Um homem como Marcelo Rebelo de Sousa deveria ter sempre lugar nos estúdios da televisão pública. A sua observação proporciona-nos um exercício impar de análise dos fazedores da notícia e opinião.

Observar Marcelo é uma função de que a ninguém é lícito inibir-nos. Não por aquilo que Marcelo diz, porque isso importa pouco, mas pela maneira como o diz, pelo esgar com que diz, pela insinuação que transmite, pelo serpenteado do dito e pela fantástica capacidade de se desdizer.

Retirar do espaço público esta oportunidade de nos lembrarmos todas as semanas de quem é Marcelo pode ser perigoso caso ele venha a aventurar-se numa candidatura à Presidência da República por corremos o risco de esquecer a sua conversa.

Se não for na RTP que seja em qualquer outro canal, mas não deixem de fazer esse serviço público de nos mostrarem Marcelo todas as semanas.
LNT
[0.025/2010]